Missa em Acção de Graças pelo DIA DA CONSCIÊNCIA e pela COMUNIDADE PORTUGUESA no Estado do Ceará, celebrada da pelo Revº. Padre Fabrício Damasceno, numa iniciativa do Vice-Consulado de Portugal
Data: quinta-feira, 17. Junho. 2010, 18:30 horas
Local: Igreja das Irmãs Missionárias (Av. Rui Barbosa, 1246), Fortaleza (CE)
Esta iniciativa surgiu com o objectivo de homenagear o Cônsul-Geral de Portugal em Bordéus, na França, Aristides de Sousa Mendes, que, em 1940, quando da II Guerra Mundial, com uma simples caneta e um carimbo, salvou mais de 30 mil vidas humanas, das quais 10 mil eram judeus, da morte certa nas garras das tropas nazis e do Holocausto.
Como é óbvio, esta homenagem envolve, também, todos os diplomatas e não-diplomatas, que, durante o período da II Guerra Mundial, salvaram e protegeram vidas humanas da barbárie germanófila e da loucura obstinada de um Adolfo Hitler, que culminou com os horrores do Holocausto.
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Das pesquisas efectuadas, para grande surpresa e estupefacção minhas, constato que, para além de Portugal, o Brasil, no período da II Guerra Mundial, também teve os seus heróis e humanistas: Embaixador Luiz Martins de Souza Dantas e Dona Aracy Moebios de Carvalho Guimarães Rosa, ainda viva, em São Paulo, os quais se evidenciaram pelos seus feitos, em Vichy, na França, e Hamburgo, na Alemanha, respectivamente.
O Brasil, para os que não sabem ou que ainda persistem em fazer crer que desconhecem, também, teve os seus heróis e humanistas. Inclusive, já homenageados, honrados e prestigiados, a nível internacional, fora das suas fronteiras. No entanto, mau grado o silêncio a que têm estado sujeitos, fica-se, os factos assim o demonstram, salvo muito raras excepções, com a percepção de que o Brasil não conhece os seus heróis e, como tal, não os honra nem lhes dá o devido relevo.
Se os homens não se medem aos palmos, em boa verdade, importa ter presente de que ninguém nasce herói! Quaisquer comparações, relativamente aos seus feitos gloriosos, poderá correr o risco de serem abusivas.
O Embaixador Luiz Martins de Souza Dantas e Dona Aracy Moebios de Carvalho Guimarães Rosa apesar das circunstâncias e das limitações em que intervieram, tiveram uma intervenção activa, dado que ambos, desobedecendo e contrariando, ainda que rodeados de algumas precauções, as ordens iníquas e ditatoriais do presidente Getúlio Vargas e do Itamaraty.
Importa ter presente que o presidente Getúlio Vargas, quando, em 1937, foi instaurada a ditadura do Estado Novo no Brasil, fechou o Congresso Nacional e passou a governar por decretos-lei, dando corpo a um regime autoritário e repressivo, de certa forma, inspirado no fascismo... ver texto integral aqui
Brasil, Fortaleza (CE), 6. Junho.2010
Por Paulo M. A. Martins, Jornalista, paulo. m. a. martins...gmail.com
Fonte: A Martins http://sol.sapo.pt/blogs/afonsomartins/
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