ARISTIDES DE SOUSA MENDES EVOCADO 60 ANOS APÓS A SUA MORTE
- 2014 ABR 6
- CENTRO, PORTUGAL
- CARREGAL DO SAL
CARREGAL DO SAL – Aristides de Sousa Mendes foi mote para o colóquio/painel realizado ontem à tarde, no Centro Cultural de Carregal do Sal. A iniciativa, integrada no projeto “Dever de Memória.- Jovens pelos Direitos Humanos” promovido pelo Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal, surgiu como uma evocação e singela homenagem ao Cônsul, no dia em que passaram 60 anos sobre o aniversário da sua morte.

O colóquio/Painel, moderado por Óscar Paiva, começou de imediato com a intervenção de António Moncada, neto de Aristides de Sousa Mendes, que recordou episódios da vida do avô e fotografias antigas, algumas com mais de 90 anos.
Fátima Claudino, da Comissão Nacional da UNESCO, referiu-se aos objetivos, missão e abrangência da Comissão parabenizando o Agrupamento de Escolas por ser mais uma das Escolas associadas da UNESCO procedendo, no final, à entrega do documento oficial.
António Martins, natural do Concelho de Carregal do Sal e em nome da Memoshoá (Associação para a Memória e o Ensino do Holocausto) sustentou a sua intervenção em imagens de desumanização e carnificina praticada pelas SS recordando que também estes tinham família e na importância da Resistência dos Judeus lembrando que o ato de Aristides de Sousa Mendes, que levou à sua distinção de “Justo Entre as Nações” por Israel, foi totalmente merecida. Aludiu na ocasião ao facto de existir um outro português “Justo Entre as Nações” mas que não tem tido a visibilidade do Cônsul, referindo-se a Sampaio Garrido. A terminar deixou o repto para que situações como a do Holocausto não se repitam.
Luís Fidalgo, da Fundação Aristides de Sousa Mendes e orador seguinte, reportou-se ao caráter de Aristides de Sousa Mendes que, tal como o seu irmão gémeo, César, foram ótimos alunos também na Universidade de Coimbra onde, inclusive aparecem referenciados em atas como dois alunos que tentaram fazer das praxes algo menos agressivo sugerindo a realização das Festa dos Novatos (referindo-se aos caloiros). A par deixou o que chamou de referendo aos alunos em relação à transladação dos restos de Aristides de Sousa Mendes para o Panteão Nacional e sobre a beatificação do Cônsul, alvitrada por alguns.
A última intervenção coube a Paula Teles, do Museu Municipal Manuel Soares de Albergaria. A Técnica incidiu a sua apresentação sobre a Casa do Passal em termos de património cultural e histórico que importa preservar e perenizar.
Seguiu-se um período de debate e logo depois a visita à exposição realizada por alunos de várias turmas do Agrupamento “O Outro Olhar… Aristides de Sousa Mendes – 60 anos de Memória”, patente no Museu Municipal.
A iniciativa terminou com um Dão de Honra servido nas instalações da Escola Sede – CEF/Bar.
Nota: Aristides de Sousa Mendes casou-se em 1909, dificilmente terá estudado no Colégio Nun'Álvares que foi criado muito mais tarde e onde estudaram os seus filhos
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