Foi há 75 anos que Aristides de Sousa Mendes se distinguiu ao salvar mais de 30 mil vidas que, não fora a coragem do cônsul português, estariam destinados a morrer às mãos da barbárie nazi. A assinalar a data, e o 130.º aniversário do nascimento deste herói discreto da II Guerra Mundial, o Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes lança, a 19 de julho, a nova versão do seu site na internet.
A renovação do site passou pelo design da página,e pelas ferramentas à disposição do utilizador. O Museu Virtual passa a estar operacional em todos os tipos de dispositivos (computador, tablets e smartphones), apesar de concebido primariamente para computador. A partir de agora, o seu conteúdo é também bilingue, em português e inglês, e foi enriquecido e atualizado.
Quando era cônsul em Bordéus, em 1940, Aristides de Sousa Mendes salvou vidas ao passar vistos que permitiram a milhares de refugiados poderem entrar em Portugal, país oficialmente neutro no conflito mundial. Desobedeceu, para tal, às ordens do ditador António de Oliveira Salazar, que mais tarde o castigaria duramente.
Destituído da função diplomática após processo disciplinar, seu filhos acabaram por emigrar e ele passou por dificuldades financeiras. Nascido em 19 de julho de 1885 em Cabanas de Viriato Carregal do Sal (distrito de Viseu), morreu em 1954 e só postumamente a sua obra foi reconhecida. Foi o primeiro português e o primeiro diplomata a receber o título de Justo entre as Nações do memorial Yad Vashem, em Jerusalém, em 1966. Em 1987 o Presidente português Mário Soares atribuiu-lhe a Ordem da Liberdade.
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