O Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Embaixada de Israel em Portugal organizaram uma homenagem conjunta alusiva aos diplomatas reconhecidos como “Justos entre as Nações”, que evoca a coragem de 36 diplomatas de 20 países que correram inúmeros riscos para salvar judeus que tentavam escapar ao extermínio Nazi.
Exposição: “Para Além do Dever – Diplomatas Reconhecidos como Justos entre as Nações”
Datas: Julho 2018
Local: Palácio das Necessidades, Lisboa
Instituto Diplomático (por convite)
DAB - Divisão de Arquivo e Biblioteca,
dab@mne.pt
A lista dos diplomatas homenageados inclui dois portugueses: Aristides de Sousa Mendes, Cônsul-Geral em Bordéus, e Carlos Sampaio Garrido, Embaixador na Hungria. O reconhecimento como “Justos entre as Nações” é atribuído pelo Yad Vashem, Memorial do Holocausto de Jerusalém, aos não judeus que chegaram a arriscar a própria vida para salvar, proteger ou ajudar judeus durante a II Guerra Mundial.
Embora não incluído no rol dos "Justos", os oradores também prestaram tributo a Carlos Teixeira Branquinho, Encarregado de Negócios em Budapeste. Ao todo, estes três diplomatas portugueses conseguiram salvar a vida a dezenas de milhares de refugiados, principalmente judeus.
Em paraledo realizou-se uma conferência, a 19- julho-2018, que teve como oradores o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, a Embaixadora de Portugal na República Checa, Manuela Franco, e o Embaixador de Israel em Portugal, Raphael Gamzou.
A Conferência que precedeu a inauguração da exposição sobre os Justos, não só portugueses, e que está aberta ao público no MNE. Excelentes intervenções, em que Aristides de Sousa Mendes e o seu acto heróico foi muito celebrado, neste dia do seu nascimento.
Discurso do Ministro de Negócios Estrangeiros Augusto de Santos Silva sobre Deveres
1. Dever de Memória, de celebrar, de homenagear os herois, de recordar as vitimas, de reconhecer e divulgar os factos históricos
2. Dever de Hospitalidade e Acolhimento
3. Dever de dar o Bom Exemplo,
4, Dever de Clareza, de condenar punicções coletvas,rejeitando a divisão da Humanidade em partes
Recordando também o Dever de Desobediencia, em consciência:
Holocausto foi uma demonstração do poderio da técnica, sem moral, e a sua enorme dimensão deveu-se em boa parte ao facto de tantos funcionarios serem tão obdientes às ordens imorais, e indiferentes ao sofrimento, e que tão poucos assumiram o Dever de Desobediencia, como os Diplomatas agora recordados.
https://www.portaldiplomatico.mne.gov.pt/comunicacao-e-media/noticias/intervencao-de-augusto-santos-silva-na-conferencia-da-exposicao-alem-do-dever-diplomatas-reconhecidos-como-justos-entre-as-nacoes
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