terça-feira, novembro 04, 2008

Loja Maçónica presta homenagem a Aristides de Sousa Mendes

A 14 de Fevereiro de 2008, a Loja Maçónica Aristides Sousa Mendes, comemorou o seu 11.º aniversário com uma homenagem ao seu patrono, o Cônsul que, desobedecendo a Salazar, emitiu vistos válidos para entrada em Portugal a cerca de 30.000 refugiados, muitos deles judeus, que fugiam do avanço das tropas de Hitler e do colaboracionismo do regime de Vichy.

O evento foi aberto a convidados, incluindo familiares e amigos de Aristides Sousa Mendes, familiares dos obreiros da Loja e maçons visitantes, representante da Fundação Aristides Sousa Mendes, da Comunidade Israelita de Lisboa e da Embaixada de Israel em Lisboa e senhoras da Ordem da Rosa.

A homenagem a Aristides Sousa Mendes consistiu na apresentação pública de dois trabalhos sobre a vida e obra do homenageado. Adicionalmetne, foi entregue à Fundação Aristides Sousa Mendes, na pessoa do seu representante, do diploma de persona grata concedido pelo Muito Respeitável Grão-Mestre da Grande Loja Legal de Portugal/Grande Loja Regular de Portugal e na imposição, na pessoa do neto do homenageado, Major Álvaro Sousa Mendes, do Grande Colar da Ordem General Gomes Freire de Andrade, condecoração maçónica concedida, a título póstumo, a Aristides Sousa Mendes, em reconhecimento da sua conduta de alto significado moral e humanitário, pelo Grão-Mestre da GLLP/GLRP. Estiveram presentes visitantes da Loja Mestre Affonso Domingues.

1 comentário:

beijokense disse...

As pessoas que pretendem homenagear Aristides, por aquilo que ele fez de bem, não podem cair na tentação de "ir a todas". Fervoroso católico e monárquico, Aristides nunca admitiria que pudesse existir uma loja maçónica com o seu nome.

Mas não é só pela divergência ideológica que os amigos de Sousa Mendes se deviam manter afastados da maçonaria. Esta é uma das principais causas da corrosão do sistema político da democracia que se pensava ter chegado com o 25 de Abril. É um sistema onde obscuras solidariedades pessoais se sobrepõem ao mérito e à transparência; cuja organização tem muitas semelhanças com a máfia; que despreza completamente a participação das mulheres na vida pública e a dificulta na administração de organizações públicas e privadas.