segunda-feira, janeiro 11, 2010
Exposição "Shoah" revisita campos de concentração nazis
A fotografia de um sapato de criança numa pilha de calçado de vítimas do campo de concentração nazi de Auschwitz é das que mais impressiona os autores da exposição "Shoah", patente no Museu Judaico de Belmonte.
A imagem é umas das 20 captadas por António Nunes Farias e Mário Raposo, jornalistas da RTP, durante visitas ao que resta dos campos de Auschwitz e Treblinka, num testemunho fotográfico sobre o Holocausto ("Shoah", em hebraico) que assinala os 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial.
"Isto aconteceu e foi uma loucura que matou milhões de pessoas. Hoje importa negar os negacioanistas" que se recusam a aceitar o Holocausto, justifica Nunes Farias. "Há exemplos e provas a mais sobre o que aconteceu".O jornalista realça que "não vale a pena branquear a História" e pretende que a exposição seja um contributo nesse sentido.
As fotografias e respectivo enquadramento vão estar expostas durante um mês no Museu Judaico de Belmonte, vila do distrito de Castelo Branco.Depois, a exposição vai percorrer diferentes sedes do Instituto Português da Juventude (IPJ) e responder a pedidos de visitas de escolas de forma a testemunhar o extermínio levado a cabo pelo regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial."Quando fotografo tento fugir ao óbvio, mas ali isso deixa de fazer sentido, porque para onde quer que se aponte a objectiva, estamos a pisar história recente, história viva", descreveu Mário Raposo.
Para o repórter de imagem, a foto que mais o impressionou foi a de "um painel com milhares de sapatos de vítimas e despertou-me a atenção o sapatinho de uma criança que lá estava. Como homem, como pai, foi uma foto que me fez arrepiar".
Além das vítimas, a exposição pretende evocar ainda "uma figura incontornável no meio de tudo isto, que foi Aristides de Sousa Mendes", destaca Nunes Farias."Foi à conta dele que muita gente se salvou do Holocausto. Da minha parte esta exposição é quase que uma homenagem implícita a alguém que conseguiu salvar da morte certa milhares e milhares de pessoas", concluiu.
Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal em Bordéus e concedeu 30 mil vistos de entrada em Portugal a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir da França por altura da invasão alemã.A exposição "Shoah" no Museu Judaico de Belmonte conta com o patrocínio do Instituto Português da Juventude, através da Direcção Regional do Centro, e da Empresa Municipal de Belmonte.
Fonte: Público
A imagem é umas das 20 captadas por António Nunes Farias e Mário Raposo, jornalistas da RTP, durante visitas ao que resta dos campos de Auschwitz e Treblinka, num testemunho fotográfico sobre o Holocausto ("Shoah", em hebraico) que assinala os 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial.
"Isto aconteceu e foi uma loucura que matou milhões de pessoas. Hoje importa negar os negacioanistas" que se recusam a aceitar o Holocausto, justifica Nunes Farias. "Há exemplos e provas a mais sobre o que aconteceu".O jornalista realça que "não vale a pena branquear a História" e pretende que a exposição seja um contributo nesse sentido.
As fotografias e respectivo enquadramento vão estar expostas durante um mês no Museu Judaico de Belmonte, vila do distrito de Castelo Branco.Depois, a exposição vai percorrer diferentes sedes do Instituto Português da Juventude (IPJ) e responder a pedidos de visitas de escolas de forma a testemunhar o extermínio levado a cabo pelo regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial."Quando fotografo tento fugir ao óbvio, mas ali isso deixa de fazer sentido, porque para onde quer que se aponte a objectiva, estamos a pisar história recente, história viva", descreveu Mário Raposo.
Para o repórter de imagem, a foto que mais o impressionou foi a de "um painel com milhares de sapatos de vítimas e despertou-me a atenção o sapatinho de uma criança que lá estava. Como homem, como pai, foi uma foto que me fez arrepiar".
Além das vítimas, a exposição pretende evocar ainda "uma figura incontornável no meio de tudo isto, que foi Aristides de Sousa Mendes", destaca Nunes Farias."Foi à conta dele que muita gente se salvou do Holocausto. Da minha parte esta exposição é quase que uma homenagem implícita a alguém que conseguiu salvar da morte certa milhares e milhares de pessoas", concluiu.
Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal em Bordéus e concedeu 30 mil vistos de entrada em Portugal a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir da França por altura da invasão alemã.A exposição "Shoah" no Museu Judaico de Belmonte conta com o patrocínio do Instituto Português da Juventude, através da Direcção Regional do Centro, e da Empresa Municipal de Belmonte.
Fonte: Público
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