terça-feira, junho 18, 2013

Dia da Consciência - 2013

Foi em 2004, no cinquentenário da morte de Aristides de Sousa Mendes, que se comemorou pela primeira vez 
o dia 17-Junho, o dia em que ele decidiu conceder vistos a todos, como o Dia da Consciência.
As comemorações então consistiram em missas e cerimónias ecuménicas em mais de 30 cidades. 
Agora podemos dizer que se comemora a Semana da Consciência.

Ver mais em http://amigosdesousamendes.blogspot.pt/search/label/Consci%C3%AAncia

2004  http://www.aristidesdesousamendes.com/zcinquantenaire.htm

2007 http://soroptimistapt.blogspot.pt/2006/05/amigos-de-angelina-e-aristides-de.html

2010 http://expresso.sapo.pt/homenagem-aristides-o-schindler-portugues=f588155


             

            
à Aristides de Sousa Mendes
pela ocasião do quinquagêsimo aniversário da sua morte

Quinta-feira, Junho 17, 2004

 Hoje é dia de Aristides de Sousa Mendes; Dia de Consciência
Em várias cidades , um pouco por todo o mundo, Aristides de Sousa Mendes (foi) é hoje evocado.
É preciso lembrar sempre , não só quem foi, mas o que as suas acções significaram para o mundo.
Sozinho, Aristides de Sousa Mendes salvou o mundo. Todo. Diz no Talmude.
Nas efemérides da Agência Lusa, para este 17 de Junho diz assim:
«Foi há 64 anos, em Bordéus. O cônsul português Aristides de Sousa Mendes contraria as ordens de Salazar e começa a emitir vistos de entrada em Portugal a todos os refugiados que os solicitem. Trabalha dia e noite, de 17 a 22 de Junho de 1940, altura em que a França capitula perante as tropas nazis.
Estima-se que Aristides de Sousa Mendes tenha permitido a sobrevivência de 30 mil cidadãos europeus, muitos deles judeus, ameaçados de morte pelas forças alemãs de Adolf Hitler. É a maior operação de salvamento, empreendida por uma só pessoa, durante o Holocausto.
»
Certo.
Em Telavive, Israel, Aristides de Sousa Mendes está também perpetuado na pedra. Nos corações o lugar é cativo desde sempre. A rua Aristides de Sousa Mendes situa-se no norte da cidade, entre o bairro de Ramat Aviv - um dos mais emblemáticos de Telavive, onde se situam a universidade, o Museu da Diáspora e o aeroporto de Sdé Dov. 
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   30 cidades celebram a memória de Aristides de SousaMendes.
Nos jardins do Museu do Holocausto de Jerusalém, existe uma ala, que se chama a Ala dos Justos, na qual estão plantadas 12 mil árvores em memória dos 12 mil homens e mulheres até hoje encontrados, que salvaram judeus durante a II Guerra Mundial.
   Entre todas essas árvores, existe uma, mais alta do que as outras, que tem o nome de Aristides de Sousa Mendes.

Para as autoridades do Yad Vashem - Museu do Holocausto de Jerusalém, Aristides de Sousa Mendes é o homem que, individualmente, mais vidas humanas salvou, como se sabe, cerca de 30 mil, das quais mais de 10 mil judeus.
Aristides de Sousa Mendes, cônsul português em Bordéus, é recordado por ter emitido vistos de entrada em Portugal a 30 mil pessoas em Junho de 1940, sendo depois castigado por Salazar, que o afastou da carreira diplomática.Perante o avanço incontrolável do nazismo, o Cônsul Aristides de Sousa Mendes encontrou-se perante o dilema tão comum nessa época: se por um lado era impossível esquecer a multidão de refugiados perseguidos por Hitler aos quais ele próprio - sabia-o bem - poderia abrir as portas da salvação e da liberdade, por outro era claro que ao abrir essas portas ele estaria a condenar-se a si mesmo por actuar de forma oposta à política externa do seu Governo.
. A decisão de Aristides de Sousa Mendes de desrespeitar as ordens de Salazar - então Ministro dos Negócios Estrangeiros - e, por consequência, de desacreditar a política externa do Estado Português, revela-se assim como uma dupla arma: com esse acto ele impõe uma derrota ao regime nazi e, simultaneamente, condena implicitamente a atitude de Portugal. A legalidade nem sempre é a melhor aliada quando estão em causa os Direitos dos homens e o diplomata, católico convicto, não hesitou em salvar pessoas de outra religião. "Prefiro estar com Deus contra os homens que com os homens contra Deus", justificava.
A actuação de Aristides de Sousa Mendes como Cônsul Geral de Bordéus não é apenas um acto heróico, mas acima de tudo um acto de grande lucidez: ele sabia estar a condenar-se a si próprio e que esse era o preço a pagar pela opção em favor dos mais fracos de todos...(Texto inteiro--> Textos Escolhidos)
Assim, hoje terão lugar celebrações em 21 países que assinalam a acção de Aristides de Sousa Mendes no 50º aniversário da sua morte. A iniciativa é da Raoul Walleenberg Foundation, com o apoio do Vaticano, do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e do Comité Internacional Angelo Roncalli.
Foi a 17 de Junho de 1940 que o diplomata português, ajudado pelos seus dois filhos mais velhos, começou a passar vistos a refugiados de guerra, entre eles milhares de judeus, impedindo assim a sua prisão e eventual morte.

No âmbito desta iniciativa, estão marcadas celebrações em igrejas católicas ou sinagogas da Argentina, África do Sul, Angola, Bélgica, Brasil, Canadá, Cabo Verde, China, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália, Luxemburgo, Guiné-Bissau, Moçambique, Polónia, Portugal, Suíça, Timor-Leste e Venezuela.
Nova Iorque será celebrada uma Missa pelo arcebispo Celestino Migliore, Observador do Vaticano nas Nações Unidas. Bordéus recebe uma cerimónia inter-religiosa com o Grande Rabino M. Claude Maman e o Arcebispo local, D. Ricard no Museu de Aquitaine. O Cardeal-Patriarca de Lisboa celebra, nesse mesmo dia, pelas 11 horas, uma Eucaristia dedicada à memória do diplomata e no Vaticano será o Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz a presidir à Missa com que se assinala a data.

Enquanto Observador do Vaticano nas Nações Unidas, D. Renato Martino abraçou a causa da reabilitação da memória do cônsul: a 3 de Abril de 2001, numa cerimónia comemorativa da morte de Aristides Sousa Mendes em Nova Iorque... D. Renato Martino foi o orador principal, traçando o perfil de Sousa Mendes como "um homem bom cuja coragem deveria servir de inspiração para todos".

A Fundação Aristides de Sousa Mendes explica em comunicado enviado à Agência ECCLESIA que no 50º aniversário da sua morte, estão previstas cerimónias de reconhecimento e de acção de graças em mais de 30 cidades. "Esta é uma forma de fazer justiça e de cumprir o nosso dever de lutar contra o esquecimento, a indiferença, e a intolerância", refere o texto.Nacional 
(Nacional-Octavio Carmo 17/06/2004).

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